quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Celebremos a música e a dança africana

Hoje é noite de BAFAFA, festa africana, que acontece mensalmente no Clube Tapas, aqui em Sampa. A celebração reúne músicos e DJ's que tem paixão pela musica africana não apenas da África, mas de todos os lugares do mundo, onde essa cultura fincou suas raízes. A festa, organizada por Serginho Machado e Michael Rusitskcha, tem sempre a participação de Thiago França, Maurício Alves e Kiko Dinucci na banda Afroeletro, que faz leituras bacanérrimas de sons afrodetodocanto.
Sou presença constante em quase todas as edições da festa e sempre ali na frente dançando muito. Acho que foi por isso que os meninos me convidaram para fazer uma performance oficial de dança africana com eles. Quem me conhece sabe que não resisto ao requebro dos esqueletos, por isso, lá estarei eu hoje a noite, junto com Romulo Albuquerque e Felipe Roseno.

Coisa boa e dançar e tocar entre amigos, divertindo muito e celebrando a riqueza ímpar dessa cultura. Aproveito pra compartilhar link do blog São Paulo Marginal, que publica trechos do livro Kitabu - O livro do saber e do espírito negros africanos, de Nei Lopes.

Um SALVE pra África e no mais, calentemos os coros dos tambores para logo menos.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O Sol do Meio Dia brilhou na noite desta terça

Dos dois primeiros filmes de Eliane Caffé, tinha visto apenas à Narradores de Javé, produção que gostei demais, pela sempre primorosa atuação de Zé Dummond e pela verdade daquela história contada. Tinha assistido também à alguns episódios, dirigidos por ela, da série O Louco dos Viadutos, exibida pela TV Cultura em 2009, dentro do projeto Direções III. Agora, em seu terceiro longa, novamente me encanto pelo incrível trabalho de direção dos atores que interpretam as três personagens centrais: Chico Diaz, Cláudia Assunção e Luis Carlos Vasconcelos.

O Sol do Meio Dia foi rodado todo no Pará e conta a história de Arthur (Luiz Carlos), que depois de sair da prisão, embarca numa viagem rumo à Belém, no barco de Matuim (Chico). Em uma das paradas, a dupla encontra com Ciara (Cláudia) e daí..... Bom, daí, chega né, porque a graça da história é ver o filme.
Estive ontem na pré-estreia (o filme chega aos cinemas nessa sexta) e gostei demais da crueza desse Brasil real, que só pode ser vista em filmes autorais como esse, produção que representa também a paixão de todos os envolvidos em fazer virar o projeto. E de novo, o impecável trabalho dos protagonistas do filme é algo que realmente impressiona.
Fica a dica: quem gosta de cinema, precisa ver O Sol do Meio Dia.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Real do Real

Eu sei que o mundo é cão e que a selva é de pedra. Mas não quero (e não vou) perder meu inconformismo, mesmo porque, ele é um dos sentimentos-pilares que devem fazer parte de nossa vida. Neste final de semana, um incêndio destruiu grande parte da favela do Real Parque, que fica próxima à ponte Espraiada, fundo do cenário do SPTV da Globo e do ladinho do chiquérrimo e luxuoso shopping Cidade Jardim (portanto um lugar mega blaster estratégico dentro do mundo da especulação imobiliária paulistana).
Obvio que a situação na favela estava tensa, muito tensa. Famílias perderam tudo o que tinham e ainda tinham que presenciar o descaso do governo com aquela situação. Soube de fontes próximas que o lance não estava pior, porque o "crime" estava segurando as rédeas da situação.
Nesta segunda-feira, parte dos moradores da favela, fizeram um protesto e bloquearam a pista expressa da Marginal Pinheiros, durante duas horas.
A cobertura do episódio pelo Jornal da Globo foi nojenta e abominável (como de costume). Falaram da violência e do caos que a manifetsação provocou no trânsito de São Paulo e nem por um momento, falaram sobre a crítica situação de quem vive ali. O que escrevo aqui não é nenhuma novidade para quem tem uma gota de senso crítico, mas precisava postar.
Há menos de dois anos, fiz um trabalho de comunicação comunitária com jovens da favela do Real. Foi um dos trampos mais bacanas que fiz como jornalista e sei da riqueza e do valor daquelas pessoas que vivem por ali.
Como disse, a situação lá é bem crítica, assim que, quem puder colaborar pode fazer isso, levando roupas, leite em pó, água, colchonetes, cobertores e alimentos não perecíveis para a rua Paulo Bourrol, que fica logo na entrada da favela.

Well, cá estou.

Depois de muito relutar, adiar, esperar, deixar pra lá, resolvi criar meu blog. Em tempos de tanta tecnologia e mudanças na comunicação, uma jornalista não ter um blog é quase um acinte. Passa que não sou uma jornalista apenas, sou muito mais do que isso. Graças a Deus.!! Sou também uma artista, uma bailarina, que dança não apenas com o corpo, mas com as dores e delícias do cotidiano. Eis que agora vai: criei meu espaço virtual. Como o nome dele já diz, quero aqui, colocar um pouco de mim: pensamentos, revoltas, artes, opiniões, o que gosto e não gosto. Um pouco de Cris.